Atitudes arqueológicas

Refletindo um pouco sobre as palavras de Jesus sobre o discipulado, percebe-se o quanto as estruturas organizacionais em torno do Evangelho de Cristo, se distanciaram do que ele realmente é. Usando a analogia sugerida pelo tema desta meditação, é como se nós, com o tempo, fossemos lançando "entulhos" sobre o puro, simples e profundo Evangelho. Falo das esquisitices adicionadas ao longo dos séculos e que nos dias atuais, receberam novas versões. Hoje em dia, ser discípulo reflete uma outra realidade da que Jesus mencionou. O preço do discipulado descrito pelo Mestre revelava que até ele mesmo não ostentava regalias (cf. Mt 8. 20), hoje, temos "papa-móvel" e  todas as ostentações da Santa Sé, gastando grandes quantias de dinheiro público em torno de uma evento de um lado; e do outro, os conglomerados dos pseudos bispos, pseudo apóstolos. pseudos evangelistas da tela, com suas fazendas, suas redes de tv que mais distorcem as palavras de Cristo do que a divulgam e fazem por onde imitá-las.
Diante de tanto "entulho", se faz necessário a atitude como de um arqueólogo, que para encontrar a peça perdida, se propõe escavar lentamente o solo entulhado ao longo do tempo até achar sua preciosidade. A pá para "desencavar" o verdadeiro sentido de discipulado do Evangelho de Cristo é a leitura séria e honesta das Sagradas Escrituras. Use a "pá" e veja que:

  • O discípulo não busca sua honra, sua promoção pessoal e muito menos seu conforto (cf Mt 8.20)
  • Pendências terrenas não podem ser impedimento para o discipulado comprometido com o Reino dos céus (v. 21; Lc 9.59,60)
  • Discipulado é negação de si, é morte do eu a cada dia (Lc 9. 23)
  • Discipulado é não se envergonhar de seguir a Cristo (Lc 9. 26)
  • Discipulado é imitação das atitudes do Mestre (Mt 10. 24,25)

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