Blog do Rev.

"13 reasons why", a polêmica série de tv e o jogo virtual "Baleia azul" são os mais recentes episódios de um tema antigo, controverso e de extremo tabu para a comunidade cristã e sociedade no geral: O suicídio. Nunca em tempos recentes o suicídio foi tão enfatizado, romantizado e, tragicamente banalizado. Mas antes de "sentenciarmos" sobre suicídio, é tremendamente necessário refletirmos e falarmos sobre ele. Não, não sejamos simplistas e rápidos em julgarmos a questão. Não cometerei essa barbaridade tão comum entre meios cristãos que demonizam rapidamente o assunto, pelo simples fato de não se querer pensar e dar uma resposta adequada, equilibrada e bíblica para questões assim. Não cometerei esse erro, pela coragem de assumir que dentre tantos outros, por uma perda muito significativa para mim, a dor dela (que ainda lateja bastante) me fez tentar o suicídio. Somos levados, quase que automaticamente, ao argumento do direito divino sobre a vida para s

"Ai dos que chamam o mal bem e ao bem, mal". Esta foi a palavra do profeta Isaías ao denunciar os pecados do povo (Is 5. 20). Ao citá-la aqui, faço como uma referência à inversão de valores que, como sempre, trazem desordem e confusão em qualquer meio. Diante do momento que passamos em nossa nação, onde as instituições democráticas estão sendo testadas, questionadas e revistas eticamente, seja por um modismo, seja por parte de um fenômeno mundial desde a famosa "primavera árabe", neste contexto, o que dizer sobre a forma como encaramos e lidamos com a tal da corrupção? Não, eu não vou fazer aquele sermão farisaico sobre ela! Mas se pudéssemos imaginar um Brasil onde a corrupção não fosse algo culturalmente aceito e normalizado nas relações pessoais e institucionais, como seria? Entendiado de tantas reportagens sobre corrupção e percebendo como a frequência dos casos influenciam a forma como nos acostumamos com ela. Percebi que a encaramos cada vez mais natural e i

Empoderamento tornou-se a palavra da moda na boca da mídia e consequentemente do próprio povo em nossos dias. Usa-se ela para descrever a atitude de dar poder a quem não o detinha. Engraçado que, como em tudo,  nós cristãos estamos inseridos na mesma sociedade e consequentemente afetados pelos mesmos fenômenos sociais. É bom que se diga de antemão, que não há nada contra se dar poder aos desfavorecidos, como as mulheres, os pobres, os negros e outros. E quando quem não precisa ser empoderado, resolve querer sê-lo? Que pedra no sapato, hein? Já parou pra pensar que esse tal do empoderamento tornou-se uma "pedra" não no sapato, mas na "sandália" de Jesus? Eu o chamo de "empoderamento invertido".   Pois foi o desejado, por várias vezes, pelos discípulos de Cristo, mas nunca foi o tipo pretendido pelo Mestre, e não poucas vezes teve ele de ensiná-los e corrigí-los quanto a isso. Como Jesus teve trabalho com esses homens! E quanto trabalho ainda damos a Je

                                                                 Narcisus, Obra de Caravaggio Partindo do ponto de vista que o narcisismo é uma expressão do ego buscando sua afirmação e exaltação. Será possível e ainda, normal, uma manifestação de narcisismo cristão? ou seja, fazer do narcisismo uma postura cristã normal? Sendo ou não, ela tem se tornado uma tendência cada vez mais comum no meio da cristandade. Cada vez mais líderes religiosos, cantores, ministros de louvor tem manifestado um tipo de comportamento narcisista que veladamente e as vezes explicitamente, buscam a auto proclamação de seus nomes e imagens. Isto é facilmente percebido por um simples passeio pelas ruas das cidades ao se olhar as placas das igrejas onde ao invés de apenas o nome e horários de atividades, aparecem em destaque o nome e a imagem de líderes. Ou ao ligar seu rádio na maioria das estações com programas "gospel" onde se escuta as campanhas, os eventos dos quase "messias" que

Há uma extrema necessidade de a Igreja abrir seus olhos para a questão do movimento dos desigrejados. Sim, aquelas pessoas que de uma forma ou outra foram machucadas seja pelos usos e costumes de cada comunidade cristã, seja pelo exercício inflexível da liturgia ou por relacionamentos distantes  e frios dentro de algumas comunidades, e que resolveram seguir a Cristo num "voo solo". Tal movimento, tem sua parte de razão de surgir, porém, na verdade, reflete um cristianismo adoentado pois tanto erra a Igreja em não saber cuidar de seus fiéis, como certos fiéis refletem na maioria das vezes, uma conduta cristã imatura quando comparamos ao que As Sagradas Escrituras ensinam sobre esses pontos conflitantes do viver cristão comum. De quem é a culpa para tudo isso? Em minha opinião e trazendo a responsabilidade para nós líderes, nem sempre sabemos fomentar bons relacionamentos em nossas comunidades e isso refletirá na forma como nossas ovelhas reproduzirão em suas atitud