Baleias assassinas e outros...

"13 reasons why", a polêmica série de tv e o jogo virtual "Baleia azul" são os mais recentes episódios de um tema antigo, controverso e de extremo tabu para a comunidade cristã e sociedade no geral: O suicídio.
Nunca em tempos recentes o suicídio foi tão enfatizado, romantizado e, tragicamente banalizado. Mas antes de "sentenciarmos" sobre suicídio, é tremendamente necessário refletirmos e falarmos sobre ele. Não, não sejamos simplistas e rápidos em julgarmos a questão.
Não cometerei essa barbaridade tão comum entre meios cristãos que demonizam rapidamente o assunto, pelo simples fato de não se querer pensar e dar uma resposta adequada, equilibrada e bíblica para questões assim. Não cometerei esse erro, pela coragem de assumir que dentre tantos outros, por uma perda muito significativa para mim, a dor dela (que ainda lateja bastante) me fez tentar o suicídio.
Somos levados, quase que automaticamente, ao argumento do direito divino sobre a vida para sentenciarmos sobre o porquê não se deve praticar o suicídio. Essa atitude, claro, não responde, mas afronta, ofende e desmerece a atenção que se deve dar a quem está envolvido neste triste drama.
Uma faceta deste drama é que, na verdade, quem cogita ou tenta o suicídio, não o faz porque quer morrer de verdade, mas por desejar se livrar da dor que um determinado sofrimento lhe traz. Claro que neste momento, a pessoa não considera que ela interrompe seu sofrimento, mas os parentes e amigos de verdade iniciam os seus com a perda.
Quantos pais precisam repensarem urgentemente suas atitudes diante da vida de seus filhos adolescentes e jovens. Porque na maioria das vezes se distanciaram deles, estão alienados de seus dramas existenciais que não percebem quando outros assumem o papel de conselheiros e "amigos" para dar os mais esquisitos conselhos e induções para que estes jovens e adolescentes se livrem do que os angustia.
Abro esse espaço para que criemos coragem de falar abertamente sobre isso, pois dentro de nossas comunidades cristãs, na vizinhança, na família, escolas todo esse drama pode estar criando coragem e infelizmente se tornando uma realidade.