Passando a consciência a limpo

"Ai dos que chamam o mal bem e ao bem, mal". Esta foi a palavra do profeta Isaías ao denunciar os pecados do povo (Is 5. 20). Ao citá-la aqui, faço como uma referência à inversão de valores que, como sempre, trazem desordem e confusão em qualquer meio.
Diante do momento que passamos em nossa nação, onde as instituições democráticas estão sendo testadas, questionadas e revistas eticamente, seja por um modismo, seja por parte de um fenômeno mundial desde a famosa "primavera árabe", neste contexto, o que dizer sobre a forma como encaramos e lidamos com a tal da corrupção? Não, eu não vou fazer aquele sermão farisaico sobre ela! Mas se pudéssemos imaginar um Brasil onde a corrupção não fosse algo culturalmente aceito e normalizado nas relações pessoais e institucionais, como seria?
Entendiado de tantas reportagens sobre corrupção e percebendo como a frequência dos casos influenciam a forma como nos acostumamos com ela. Percebi que a encaramos cada vez mais natural e inerente, infelizmente, ao modo de viver brasileiro.
Fiquei a me indagar se estaríamos preparados a viver sem ela. Nesse desvairio, com tom pessimista, acabei percebendo que ele na verdade, é pessimista porque é influenciado diretamente por essa inversão de valores que molda nossa visão de cidadão, influencia nossa perspectiva de vida e futuro também.
A inversão de valores nos faz também agir, mesmo em escalas menores, da mesma maneira. Quantas furadas de semáforos? Quantas furadas de fila seja no banco ou no supermercado? Quantas amortizações e racionalizações em nossas consciências ao sermos tentados a pagar por uma facilitação quando o guarda de trânsito nos pára numa blitz?
Na verdade como cristãos, esses pecadores como todo mundo, mas que são conhecedores da verdade, devemos reagir a essa tendência de normalização do que é errado e dessa inversão de valores. Começemos a partir de nós, pois recebemos de Deus um novo coração e nova vida para que tenhamos novas atitudes que tornem esse mundo um pouco melhor. Qualquer mudança em nossas atitudes só terá efeito e impacto em nós, em nossas comunidades se de fato, imitarmos Aquele que é a fonte de toda justiça, ética e verdade.

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